segunda-feira, 3 de novembro de 2008

As visitas secretas de Senna em Brasília


"Falta velocidade, né?". Essa foi a frase mais marcante de Ayrton Senna em uma das três vezes em que esteve em Brasília. O tricampeão mundial era fanático por aeromodelismo. Para qualquer lugar do mundo, ele levava um "avião de brinquedo" na mala. Foi assim em 1991, primeira vez que veio à capital federal. O convite partiu do Presidente da República Fernando Collor de Mello..

No final daquele ano, Collor era bombardeado por denúncias de todos os lados. A imagem de político carismático estava tão firme como prego na areia. Por isso ele buscava alguém que servisse de alicerce para se manter no cargo até o final do mandato.

Na mesma época, Ayrton Senna comemorava o tricampeonato da Fórmula 1. Era a pessoa mais popular do país na época. Nem jogador de futebol era mais querido. O personagem perfeito para salvar Collor do impeachement, apostava o presidente, que convidou Senna para uma conversa no Palácio do Planalto, em dezembro de 1991.

O piloto fazia pouco caso das pretensões de Fernando Collor. Queria mais era aproveitar as horas livres que tinha entre a temporada 91/92. Há algum tempo, Senna não pilotava seu avião aeromodelo. Já que passaria seis horas em Brasília, pensou em "brincar" um pouco na cidade. Por intermédio do aeromodelista paulista, Celso di Santi, pediu que alguém o recebesse em Brasília para mostrar as pistas de aeromodelismo da capital federal. Com uma condição: ninguém poderia saber da presença de Senna na cidade.

O deputado distrital, atualmente em licença médica, Wigberto Tartuce, outro apaixonado pelo esporte, foi o indicado para ciceronear Ayrton Senna em Brasília. O tricampeão chegou por volta do meio-dia e seguiu direto para o Palácio do Planalto. Conversou em reservado com Collor por volta de 45 minutos. Na saída, um pelotão de fotógrafos e jornalista esperava Senna.

"Ele só sorriu para os fotógrafos, pediu para eu ir devagar para não machucar ninguém com o carro", lembra Tartuce. "Senna falou pouco. Sobre Fórmula 1 ele só sorria, quando eu falava dessa ou daquela corrida. Ele era meio desconfiado, eu acho", comenta.

Do Planalto, Tartuce e Ayrton Senna seguiram para o final da L2 Sul, na maior pista de aeromodelismo de Brasília. O piloto havia esquecido seu "brinquedo" no avião particular. O jeito foi voar com um F 16 de Tartuce, motor japonês OS 91. Mas tinha um problema. O controle do avião era feito para destros, e Senna era canhoto. Era como se os pedais da McLaren estivessem trocados dentro do cockpit.

"Ele reclamou. Disse que não sabia controlar o aeromodelo com o controle invertido. Fez cara feia, mas na hora que levantou vôo deu um show, mesmo com os comandos trocados", recorda o deputado. O mundo podia explodir atrás dele que Senna não estava nem aí. Fez as manobras mais radicais com o F 16, atingiu a velocidade máxima do modelo, algo em torno de 189 Km/H. Na aterrisagem, ele entregou o controle a Tartuce e exclamou:
- Falta velocidade, ne?


Amizade
Um dos pedidos de Senna antes de desembarcar em Brasília era manter em sigilo a visita. "Ele gostou de mim. A gente não tinha conversas profundas, mas ele gostou de mim porque mantive em segredo sua presença por aqui", assegura Tartuce.

De acordo com os amigos mais próximos de Senna, ele dificilmente mantinha uma amizade com pessoas desconhecidas. Para o piloto, Tartuce era um desconhecido, que no começo da década de 90 ainda não tinha pretensões políticas. "Se eu fosse deputado distrital chamava Deus e o Mundo para tirar foto dele ao meu lado", brinca. Mas Ayrton Senna simpatizou com seu cicerone em Brasília.

Um ano após a primeira visita, o piloto veio ao Centro-Oeste para um evento e decidiu passar três horas com seu aeromodelo na pista do final da L2 Sul, em Brasília. Deu um motor YS 91 japonês a Tartuce de presente. O deputado guarda até hoje. Veio no jatinho particular, ao lado do amigo inseparável Américo Jacoto Júnior. Trouxe seu controle para canhoto e voou no céu de Brasília por três horas.

Neste dia, alguns aeromodelistas tentaram puxar conversa, tirar fotos, mas Senna não dava atenção. "Ele parecia obcecado pela velocidade. Vibrava com cada manobra, o olho dele brilhava com aquela situação toda", comenta Tartuce.

Despedida

A terceira e última vez que Ayrton Senna desembarcou em Brasília foi cinco meses antes de morrer. Seu avião particular fez uma escala na capital federal e ele se encontrou com Wigberto Tartuce no aeroporto. Os dois conversaram rapidamente sobre aeromodelismo e marcaram um encontro.

"Quando eu tiver um folguinha volto aqui para a gente brincar um pouco".

Não voltou...

domingo, 2 de novembro de 2008

História e Categorias do Aeromodelismo.

Bastante gente fala de aeromodelismo pra cá, aeromodelismo pra lá. Masvocê sabe como surgiu o aeromodelismo? Como se caracteriza? Como é praticado? Pois é, a AeroHobby Magazine responde isso para você nessa edição de número 08 O que é? O aeromodelismo pode ser considerado um momento dedicado à diversão, um passatempo, um momento no qual você descansa daquela vida dura que você teve durante a semana, pode até ser recomendado por médicos, para pessoas que tem um estresse elevado ou também pode ser considerado uma modalidade de competição, um trabalho, o ganha pão do dia-a-dia como por exemplo Mikio Amano que recentemente faleceu e de muitos outros fabricantes por este mundo afora. Seja encarado da maneira que mais convir, o aeromodelismo é uma prática que engloba muitíssimos conhecimentos, o que faz o aeromodelista aprender a lidar com coisas super avançadas como aerodinâmica, deixando assim o conhecimento do praticante muito mais elevado, podendo até fazer com que ele compreenda melhor tudo que o rodeia. O aeromodelismo é bastante praticado por jovens e pode ter como finalidade fazer com que estes tenham uma maior facilidade em aprender sobre coisas relacionadas direta ou indiretamente nessa modalidade, como por exemplo em Física na área de aerodinâmica e de mecânica em motores, em Química nos combustíveis, em Desenhos Técnicos nas plantas de novos modelos que surgem em milhares, em meteorologia, na introdução de quem quer ser piloto de aeronaves 1:1, aprender a lidar com madeira, fiberglass, na entelagem, fazendo com que o praticante invente cada vez mais coisas novas pra serem usadas por muita gente nesse magnífico hobby/esporte. Enfim, quem conhece e sabe como é o aeromodelismo e passou por estas transformações, sabe do que estou falando. O aeromodelismo no Brasil é regulamentado pela Associação Brasileira de Aeromodelismo (ABA). Ela tem exigências como: não voar a mais de 120m de altura ou dentro de aeroportos. A atividade é muito difundida, principalmente entre jovens, e constitui uma boa preparação para futuros pilotos de avião ou planador.

Como Surgiu? FONTE: Enciclopédia BarsaO aeromodelismo é uma arte que surgiu quando o inglês Willian Henson construiu um aeromodelo dotado de duas hélices e movido por uma máquina a vapor, em 1843, não imaginava ter executado um protótipo com as características fundamentais do avião moderno. A prática do aeromodelismo favoreceu o desenvolvimento das técnicas de vôo empregadas até hoje. Chama-se aeromodelismo o esporte que se pratica com aviões em miniatura. Alguns modelos assemelham-se a um planador em suas partes essenciais: fuselagem, empenagem vertical, timão de deriva e estabilizador. Os de tipo motorizado são movidos por um grupo autopropulsor composto de motor, hélice e trem de pouso. O primeiro modelo a voar livremente foi criado da França por Alphonse Pénaud em 1871, depois de profundos estudos sobre o vôo dinâmico e testes com helicópteros. Seus experimentos foram aproveitados por inúmeros adeptos do aeromodelismo. Em 1896, o professor americano Langley realizou um vôo controlado sobre o rio Potomac usando um modelo de 14kg que percorreu 12km em 1min40s. Em 1905, Henri e Armand Dufax construíram um modelo de helicóptero com motor à gasolina de 3,5 HP, com peso de 17kg e capaz de transportar uma carga de sete quilos. O experimento impressionou Santos Dumont, que abandonou a construção de pequenos dirigíveis e passou a pesquisar com aeronaves mais pesadas que o ar. Quando ele efetuou um vôo com aeroplano a motor em Paris, em outubro de 1906, ficou clara a importância da prática do aeromodelismo para a incipiente navegação aérea. As primeiras experiências com foguetes de propulsão a jato foram feitas pelo pintor Alexandre Soldenhoff, suíço que se dedicou intensamente ao aeromodelismo desde 1908. Soldenhoff realizou grande quantidade de vôos em diferentes países, aplicando princípios originais, a que chegou depois de estudar em profundidade a asa. As competições de aeromodelismo organizam-se por categoria, de acordo com o tipo de controle do aparelho. Na modalidade rádio controle realizam-se dois tipos de prova: a primeira é de acrobacias e a outra de escala, na qual sai o vencedor o modelo que seja a réplica mais fiel de um avião verdadeiro e execute manobras de decolagem e pouso. Os modelos a cabo não precisam assemelhar-se a aviões. Competem também fazendo acrobacias e provas de velocidade.

Como e onde é praticado? Fonte: ABA (Associação Brasileira de Aeromodelismo) O aeromodelismo pode ser praticado de muitas maneiras diferentes de acordo com o gosto do aeromodelista, mas é claro e deve ser sempre lembrado, que deve ser dentro das normas e regulamentações da ABA (Associação Brasileira de Aeromodelismo). Deve ser praticado em lugares amplos e limpos, sem muitas árvores por perto etc. O lugar é definido de acordo com o modelo. As maneiras de se praticar vão de um vôo não controlado, o chamado vôo livre e caracterizado pela sigla F1, até vôo Rádio Controlado (RC) controlados por Rádios Controles a longa distância. Praticado em quatro modalidades, as quais são reconhecidas ou não pela FAI (Federação Aeronáutica Internacional), o aeromodelismo vai de acordo com a vontade de cada um entre: Vôo Livre, Vôo Circular, Vôo Radiocontrolado e Escala.

MODALIDADES

Categoria F1 - Vôo Livre

Vôo durante o qual não existe nenhuma ligação entre o aeromodelo e o concorrente, ou seu ajudante. São somente permitidas funções de rádio controle quando especificamente referidas nas regras para determinada classe.

Está dividida em:

F1A - Planadores Classe A2

F1B - Modelos com Motor a Elástico (Wakefield)

F1C - Modelos com Motor a Pistão

F1D - Modelos de Interiores

F1E - Planadores com controle automático de direção

F1F - Helicópteros

F1G - Coupe D'Hiver

F1H - Planadores Classe A1

F1J - Modelos com motor a pistão (Classe 1/2 A)

F1K - Modelos com motor CO2

Categoria F2 - Vôo Circular Controlado

Vôo durante o qual o aeromodelo é aerodinamicamente manobrado por superfícies de controle, em altitude e atitude, por um piloto no chão, por meio de um ou mais cabos não extensíveis, diretamente ligados ao aeromodelo. Podem ser usados sistemas nos quais os fios ou cabos de controle são mantidos na mão ou conectados a um pivô central. Nenhum outro meio de controle do modelo ou motor pode ser usado durante a decolagem e vôo, exceto o exercido pelo piloto através dos cabos ou cabo.

Está dividida em:

F2A - Velocidade

F2B - Acrobacia

F2C - Corrida em Conjunto

F2D - Combate

Nacionais:

Acrobacia Mini-FAI

Acrobacia Iniciantes

Corrida em Conjunto Fórmula Brasil

Combate CB

Categoria F3 - Rádio Controle

Vôo durante o qual o modelo é aerodinamicamente controlado por superfícies de controle em atitude direção e altitude, pelo piloto estando no solo, usando rádio controle.

Está divida em:

F3A - Acrobacia com motor Rádio-Controlado

F3B - Modelos de Planadores

F3C - Helicóptero

F3D - Pylon Racers

F3F - Planadores Slope Soaring

F3G - Planadores com motor

F3H - Soaring Cross Country Racing

F3I - Aero Tow Soaring

F3J - Planadores com Duração Termal

Nacionais:

Acrobacia Mini-FAI

Acrobacia Avançado

Helicóptero Avançado

Helicóptero Mini-FAI

Categoria F4 - Escala

Um modelo em escala é uma reprodução reduzida de um aeronave mais pesado que o ar concebido para transportar um ser humano .

Divide-se em:

F4A - Modelos em Escala Vôo Livre

F4B - Modelos em Escala Vôo Circular Controlado

F4C - Modelos em Escala Rádio-Controlados

F4D - Modelos em Escala para Indoor Vôo Livre (extensíveis

motores)

F4E - Modelos em Escala para Indoor Vôo Livre (CO2 ou

motores elétricos)

F4F - Modelos em Escala para Indoor Vôo Livre (Fórmula

Peanut)

Nacionais:

Escala Stand-Off